Este blog busca registrar o processo de criação do projeto de encenação II do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Pelotas. Tem livre inspiração no mito da história de amor do poeta Lorca e do pintor Dalí, contextualizado com imagens, textos e narrativas do tempo atual. Está encenação tem referência teórico-prática abaixo:
Pina Bausch (1940-2009), aluna de Kurt Jooss nos anos 50 na escola Folkwangschule, é uma das expoentes da dança-teatro, tornando-se mundialmente conhecida, hoje, é rapidamente associada ao gênero alemão. Em 1973, Pina Bausch criou sua Companhia intitulada de Tanztheater Wuppertal, na cidade de Wuppertal na Alemanha. Incorporou e alterou o ballet em sua forma e conteúdo, usando movimentos técnicos e cotidianos.
Pina Bausch (1940-2009), aluna de Kurt Jooss nos anos 50 na escola Folkwangschule, é uma das expoentes da dança-teatro, tornando-se mundialmente conhecida, hoje, é rapidamente associada ao gênero alemão. Em 1973, Pina Bausch criou sua Companhia intitulada de Tanztheater Wuppertal, na cidade de Wuppertal na Alemanha. Incorporou e alterou o ballet em sua forma e conteúdo, usando movimentos técnicos e cotidianos.
Através da
fragmentação e da repetição, seus trabalhos expõe e exploram a lacuna entre a
dança e o teatro, a nível estético, psicológico, e social: movimentos não
completam palavras em busca de uma comunicação mais completa; o corpo não completa
a mente em busca de um ser total ou de uma presença mais completa no palco;
mulher e homem não formam uma unidade, liberando o individuo de sua
solidão. (FERNANDES, 2007, pg. 28).
As práticas de Pina Bausch foram
de extrema importância para a consolidação e propagação da dança-teatro em
diversos países. O olhar diverso para o mundo, o cotidiano na arte, e questionamentos
existenciais, formaram com o passar do tempo à
base sólida para a sua arte do corpo presente.
Bausch abordava um conteúdo claramente implicado no real e no emocional e, através da fragmentação e da repetição elaborava o
movimento com intenção, sem abandonar sua natureza dramática. O movimento com
intenção, não se preocupa apenas com a forma, mas com o desejo, com a motivação
e as transformações internas do corpo do bailarino-ator. A repetição proposta
por Pina, subverte a dominação corporal do bailarino-ator, constantemente
repetindo e transformando a sua própria história. Através da repetição o
expectador pode criar diversos significados para o movimento, pois se servindo
da diversidade é que ele constrói formas sensíveis que expressam múltiplos
sentidos. Uma referencia no trabalho de Bausch é a utilização da autobiografia
do bailarino para a criação cênica, expressa através
de uma consciência corporal criativa, permitindo a utilização da emoção e dos anseios deste
e questionando o que de fato o move na criação.
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Brecht (1898-1956) encenador e dramaturgo alemão que dedicou sua prática teatral para questões de cunho político. Em plena ascensão da Alemanha nazista, houve a necessidade da utilização do teatro politizado, onde o objetivo maior era modificar a sociedade. Brecht propunha um teatro anti-naturalista, onde ficasse evidenciado o espaço teatral e a representação, no sentido de não causar comoção no expectador, para que o mesmo fosse estimulado a um distanciamento da obra, para que seu poder de reflexão e critica não fosse prejudicado. Em 1920 Brecht passa a conhecer mais a teoria Marxista, teoria na qual vai influenciar muito seu teatro. O diretor da companhia o Berliner Ensemble, tem como principais obras dramáticas: O Homem é um Homem (1924), A Ópera dos Três Vinténs (1928), A Mãe (1932), Galileo Galilei (1937).
-Efeito de Estranhamento
O efeito V -Efeito de Distanciamento é uma teoria antiga, empregada por outros dramaturgos ao longo da história do teatro, mas que sob a concepção de Brecht, adquire uma ativação política através de diálogos estilizados, canções narrativas e elementos informativos, capazes de distanciar o expectador a fim de possibilitar uma melhor compreensão e racionalidade.
-Gestus
Um termo elaborado pelo dramaturgo e encenador alemão para descriminar a qualidade da representação de determinadas expressões humanas no palco, não é apenas uma simples gestualidade, mas a possibilidade de criar atitudes genéricas que os gestos podem demonstrar.
-Gestus
Um termo elaborado pelo dramaturgo e encenador alemão para descriminar a qualidade da representação de determinadas expressões humanas no palco, não é apenas uma simples gestualidade, mas a possibilidade de criar atitudes genéricas que os gestos podem demonstrar.
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